O que para nós hoje é um Setor movimentado, com suas diversas ruas já foi um Arraial de mineradores que se transformou em Freguesia, ganhando posteriormente o posto de Vila que se transforma nos primórdios do século vinte numa cidade do Estado de Goiás.
Mas por que Setor Campinas? Um embrião para a construção de uma nova capital se fazia necessário, neste contexto a nossa ‘Campininha’ se transforma novamente nesta última e presente denominação: Setor Campinas.
Sou Goianiense de nascimento, apaixonado por minha cidade, mais alguns recantos me atraem mais. Um desses recantos é a Campininha e seus arredores.
Não pela beleza das ruas, que por muitas vezes são até degradadas, nem pelos prédios e casas historicamente preservados ou não, mas pela vivacidade do povo que nela vive e viveu, pelas pessoas que trabalham em suas lojas ou até das que já se aposentaram trabalhando nos empórios ou armazéns diversos.
Também pelo seu movimento constante. Do seu ritmo frenético, do seu comércio abundante, no qual tudo que se procura acha. Parafraseando (...) “nesta terra tudo que se planta dá”, procurando com paciência aqui neste ‘Setor’, procurando com paciência, de tudo que se procura acha.
O pastel ou empada no mercado, o frango assado na padaria, o parafuso para aquela máquina de costura, a roupa já pronta pra usar, a roçadeira pra lavoura limpar e até o camelô com DVD pirata comprar.
Tem time do coração que já está no Brasileirão, tem gente que mora aqui há um tempão e não sai daqui por nada, e gente que morou também há um tempão e não esquece isso daqui por nada.
Tem igreja pra toda crença, tem escola pros meninos e pros grandão, até faculdade é capaz de encontrar.
E as ruas continuam entupidas: Carros apressados, ônibus lotado e gente na rua.
O galo cantou há duzentos anos... Ouro nos arredores e nas areias brancas do Rio Anicuns.
O galo novamente cantou há cem anos, pessoas nas ruas cambiando galinhas, porcos ou sacos de arroz
O galo cantou em 35 nossa cidade, vira bairro! Mas cede sua principal Avenida a data de nascimento de sua ‘filha’ que se transformara em mãe!
Os galos hoje não ouvimos cantar! Mas vários celulares e despertadores a tocar:
-200 anos se passaram!
E se depender de nós goianienses, campineiros ou não, outros 200 virão.
Não estaremos aqui! Mas nossos filhos e netos saberão que moram num recanto belo chamado CAMPINAS.
Ps- Escrevi este pequeno texto durante o "niver" de Campinas, mas por falta de tempo não havia postado antes. É apenas uma singela homenagem a um lugar que gosto muito.
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