Palmadas ou não palmadas? Eis a questão.


Novamente me ponho à frente de meu computador para me posicionar enquanto indivíduo, pai e educador.

Tramita uma Lei que pretende abolir as palmadas nos filhos dadas pelos pais. Já inicio pelo meu posicionamento. Sou contra!

Agora tenho que defender meu ponto de vista e minha opinião.

Enquanto indivíduo e pai sei que o processo disciplinar de uma criança enquanto ser em formação é fundamental, e caso necessário, passa por palmadas sim, mas por espancamentos NÃO! Em tudo tem que se ter o equilíbrio. Não são as palmadas na bunda ou as bolachadas no rosto, quando ocorrem, que mais marcam e afetam psicologicamente uma criança, agressões verbais e atitudes de pais e educadores, para exemplificar, trazem tantos problemas quanto espancamentos.

Tenho filhos, e nestes quase sete anos de paternidade, tive que recorrer se não me falha a memória, quatro vezes a surra! Isso mesmo, Surra! No bumbum de minha filha. É claro que antes de chegar a este ponto tivemos várias conversas e orientações, e em não se resolvendo tive que usar este artifício disciplinar. Confesso que na hora doeu nela, mas em mim também! E posso confirmar, e quem convive com ela, professores, amigos e parentes que ela não se traumatizou por isso.

No entanto, a palmada foi o último recurso! E é assim que defendo. O diálogo, as conversas, as orientações, outros tipos de disciplina como ‘tirar por algum tempo’ aquilo que gosta, ‘por para pensar. Surtem efeitos na maioria dos casos. Disse na maioria dos casos não em sua totalidade.

A problemática ai creio ser maior, pois hoje temos pais ausentes, que não conhecem de fato seus filhos, terceirizam sua educação para a escola, para a televisão ou a outras pessoas. Como não sabem conviver, não saberão dialogar nem mesmo disciplinar.

O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) enquanto lei foi de fato avanço, pois em seus pilares tendem a disciplinar os abusos, tanto de adultos, quanto dos jovens. O que não se observa é que há presente nele direitos, mas também deveres. E nós muitas vezes agarramos com toda força aos nossos direitos e nos esquecemos de nossos deveres.

Podemos recorrer a jornais, revistas e outros meios de comunicação. A maioria dos problemas que enfrentamos em nossa sociedade são de adultos, ou quase adultos, que não tem limites, não respeitam regras. Daí saem invadindo túnel interditado para “rachas” e matam, batem e roubam os pais para manter o vício em todos tipos de drogas, não se sujeitam as regras no trabalho, há alguns que nem mesmo querem trabalhar.

Finalizo este meus apontamentos com algumas palavras que podem ser chaves e auxilia-nos no processo de educação e da disciplina de nosso filhos:

  • · Seja presente na vida dele
  • · Converse sempre com seu filho
  • · Haja com equilíbrio
  • · Não tenha medo de disciplinar
  • · Se não há limites, é sinal que pode tudo. E isto pode se tornar perigoso!


E como apontou Che Guevara: “Há que endurecer-se, mas sem jamais perder a ternura.”

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